terça-feira, 30 de junho de 2009
Marshall Rosenberg - Comunicação não-violenta
tara por máximas
Uma verdadeira tara são máximas. Eu as coleciono. Acredito que elas tem o poder de concentrar idéias que encerram grandes verdades. Além do que, não raro são inspiradoras, provocativas e refinadas.
"Freud ensinou que o amor era a supervalorização. Ou seja, se você visse o objeto amado como realmente é, não seria capaz de amá-lo." (Saul Bellow)
Os (a)normais
Se é verdade que de um lado existe um discurso que pretende "normalizar" geral e indiscriminadamente qualquer comportamento "considerado" desviante, na tentativa de criar uma "ditadura normopata", é bem verdade que há uma outra corrente que advoga que a loucura seria uma construção social, como manifestação de uma ordem instituída com o objetivo de estigmatizar o chamado louco.
Curioso que em ambas as posições há sempre um "sábio" estabelecendo um modelo ideal de homem e sociedade. Em que pese aquela ladainha de que somos entes políticos, e que qualquer posicionamento revela uma ideologia por trás, o fato é que qualquer que seja o caso perde-se de vista o eventual sofrimento daquela pessoa que tem nome, sobrenome e identidade própria.
Basicamente, condenar unilateralmente alguém a ser tratado ou não, por mais altruísta que possam ser suas motivações, com base em teorias, protocolos, estatísticas, ideologias é de uma obtusidade só. Ainda que, excepcionalmente tratamentos tenham que ocorrer de forma compulsória, pela total incapacidade do indivíduo se manifestar de maneira consciente, assumindo as consequências de suas escolhas.
Por mais lugar comum que seja, a diversidade é enriquecedora, principalmente quando se desenvolve livre da intolerância dos tolerantes.
sábado, 27 de junho de 2009
TED - ideas worth spreading
CONSTELAÇÃO FAMILIAR - BREVE INTRODUÇÃO
“… na família e no grupo familiar existe uma necessidade de vínculo e compensação, partilhada por todos, que não tolera a exclusão de nenhum membro. Quando ela acontece, o destino dos excluídos é inconscientemente assumido e continuado por membros subsequentes.”
“Quando, porém, os membros remanescentes reconhecem os excluídos como pertencentes à família, o amor e o respeito compensam a injustiça que foi cometida contra eles, e seus destinos não precisam ser repetidos. É que chamamos aqui de solução”(Bert Hellinger)
A Constelação Familiar é uma intervenção terapêutica desenvolvida pelo terapeuta de origem alemã Bert Helinger. Missionário, Hellinger, além da formação psicanalítica, foi fortemente influenciado pelos scripts de Eric Berne, O Grito Primal de Arthur Janov, a Terapia Familiar, a Hipnoterapia de Milton Erickson e PNL. Mas, especialmente, a prática da Constelação Familiar se inspira na fenomenologia, na teoria geral dos sistemas e no psicodrama.
O seu trabalho é baseado na concepção da família como um sistema regido por ordens hierárquicas, denominadas Ordens do Amor. O sistema familiar se organiza pelo que ele chama da alma da família (ou campos antropomórficos), que por sua vez estaria conectado à grande alma. Neste sentido, todo indivíduo nascido em dada família possui o direito inalienável de pertencimento àquele sistema.
Quando pessoas são excluídas, consciente ou inconscientemente de seus sistema, ou ainda, quando há destinos trágicos que envolva(m) membro(s) da família, haverá sempre alguém que irá, por amor e lealdade assumir e continuar a desempenhar o papel do excluído. Isto implica a formação do que chamamos emaranhamentos. De um lado há o excluído, e por outro há um membro da família que, por seguir aquele destino, cria desequilíbrio no sistema.
A Constelação Familiar proporciona a possibilidade de identificar os emaranhamentos e, através de um olhar amoroso mas ao mesmo tempo firme, buscar a solução a partir da leitura do próprio sistema.
Na prática, o cliente é brevemente entrevistado pelo constelador, que irá perguntar sobre a questão que o leva a solicitar ajuda terapêutica. Aqui, pouco interessa os julgamentos e opiniões do cliente a cerca de pessoas ou situações. O essencial é a descrição do problema e a investigação de rupturas, exclusões ou situações trágicas naquele sistema. A partir daí, o constelador proporá a linha de trabalho, com o cliente escolhendo pessoas do grupo para representarem os elementos do sistema a ser trabalhado. Os representantes devem ser posicionados no espaço destinado ao trabalho, a partir de uma imagem intuitiva do cliente. Quando todos os representantes estiverem posicionados nos seus lugares o constelador irá perguntar como se sentem. A partir das informações dadas pelos representantes, diálogos e mudanças de posição acontecem buscando o re-equilíbrio do sistema, o qual é atingido quando todos os representantes relatam bem-estar, leveza e harmonia. Quando a imagem da solução é encontrada, o cliente assumi o seu próprio papel no lugar do seu representante, e experimenta ele próprio a solução sistêmica
A visão a partir do problema estreita nosso horizonte. A Constelação Familiar possibilita a visão da solução a partir do sistema, apontando a melhor maneira de nos libertarmos de padrões improdutivos, desequilibrados e pouco integrativos em direção à harmonia, equilíbrio e auto-realização.