Em alguns momentos, o antagonista Azaria Guitlin lembra o protagonista de "O Ajudante" de robert Walser por sua aparente ingenuidade, falas excêntricas, comportamentos bizarros. No geral as personagens são bem construídos e instigam a leitura, mas está longe de ser um livro "gostoso". Ao contrário, causa desconforto, incômodo, angústia. Ou seja, é do amargo que é bom!
Chama muita à atenção o estilo de escrita e forma de pontuação do autor. As personagens tinham suas falas iniciadas no meio da fala do narrador através de uma maiúscula não antecedida por ponto final. Nada que depois de 70 páginas não resolva-se!
Uma das frases que pesquei no livro:
"Um homem é só um homem. E, mesmo assim, só raramente."