terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Uma Certa Paz"

Ganhei no final do ano de um casal muito especial, o livro "Uma Certa Paz" , de autoria de Amós Oz, que narra a busca do protagonista Ionatan Lifschitz pelo que imaginava ser felicidade. Seu ideal contrasta com uma idéia coletiva própria daquele momento da história, que tinha o Kibutz como ideal de Éden terrestre dos judeus.
Em alguns momentos, o antagonista Azaria Guitlin lembra o protagonista de "O Ajudante" de robert Walser por sua aparente ingenuidade, falas excêntricas, comportamentos bizarros. No geral as personagens são bem construídos e instigam a leitura, mas está longe de ser um livro "gostoso". Ao contrário, causa desconforto, incômodo, angústia. Ou seja, é do amargo que é bom!
Chama muita à atenção o estilo de escrita e forma de pontuação do autor. As personagens tinham suas falas iniciadas no meio da fala do narrador através de uma maiúscula não antecedida por ponto final. Nada que depois de 70 páginas não resolva-se!

Uma das frases que pesquei no livro:

"Um homem é só um homem. E, mesmo assim, só raramente."


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